imagem pública tirada da net
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EMERGÊNCIA HOSPITALAR
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sentado... hirto desfazendo nós...altivo...
conta...
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um dois três quatro cinco seis
dez onze doze treze
quarenta e três quarenta e cinco
catorze quinze dezasseis
nove dez trinta e seis onze doze
quatro oito vintecinco
quarenta e quatro quarentaseis
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desfazendo nós olhar firme hirto...
conta...
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onze catorze dezassete
três quatro cinco seis oito dezanove
vinte e um dois trinta
um dois três quatro cinco seis sete
quatro cinco seis nove
quarenta e oito quarenta e nove cinquenta
um dois três quatro vintesete
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sr fulano porque está sempre a contar...? trinta...
conta...
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vinte seis vinte sete vinte oito
vinte e quatro quarenta seis um quarenta
vinte um vinte e dois vinte e três
dois quinze dezasseis dezassete dezoito
sete cinquenta e nove sessenta
vinte trinta e um trinta e dois trintaetrês
vinte seis vinte e sete vint'oito
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afasta a médica firme nos nós entrelaçados...
conta...
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dezasseis dezassete dezoito
dezanove vinte vinte e um vinte e dois
vinte e três vinte e nove trinta
um dois três quatro cinco seis sete oito
nove dez onse doze trintedois
três trinta e sete trinta e nove quarenta
trinta seis trinta sete trint'oito
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só a enfermeira Margarida menina miuda o aquietou...
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na sala ampla da urgência
a voz soturna ecoa e vinca a loucura
penso num sábio das finanças
a cortar cego e surdo ao eco por demência
a ganhar tempo enquanto apura
se deve ou não tachar o riso das crianças
por perturbação da consciência
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quem conta sempre seu mal desponta...
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autor: jrg
(pária...apátrida...cidadão da MÁTRIA em construção)
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