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o dia amanheceu primaveril
depois de prolongada troca de mensagens
a actividade humana foi paralisada
ruas desertas lojas fechadas era Abril
nem sinal de gente nas paragens
os povos cansaram pela madrugada
lindo de ver os tão afoitos agiotas
à míngua de iguarias já famintos
desesperados de ter tanto e não ser
exibindo sem pudor nem resposta suas notas
suplicando comer e vinhos brancos tintos
tão frágeis sem abrigo antes de morrer
não se pagam as contas de gás e electricidade
nem as rendas arbitrárias da habitação
a água corre livre nas torneiras ruas e quintais
instituído o caos à revelia da autoridade
a memória colectiva a funcionar como razão
por entre gritos de vivas de nunca mais
por todo o planeta ocorre a agitação
saídos do cerco económico e financeiro
do trabalho sem glória do estudo sem emprego
os povos assumem de viver outra dimensão
extinguem o conceito em cada palavra ligeiro
que os condenava ao desassossego
exigem uma língua única uma só moeda
que o mundo global seja reduzido a uma só nação
que todo o ser humano tenha iguais deveres e direitos
que se salvaguarde da natureza a queda
que se distribuam os excedentes sem interrogação
que todos os seres sintam na vida seus proveitos
que seja estimulado sem segredos o conhecimento
que cesse a propaganda do marketing e da religião
que o mais forte não oprima o fraco sem recursos
que a sabedoria impere sobre o fingimento
que não se fabriquem bens impróprios por sofreguidão
que sejam extintos os privilégios fixos e os avulsos
que se extingam as armas e todos os exércitos
que a ciência não promulgue a indulgência na absolvição
que sejam repostas as leis usurpadas à natureza
que às espécies diferentes se reconheçam seus créditos
que seja assegurado o direito à liberdade de expressão
que cesse sobre a mulher a violência psicológica da tristeza
autor: jrg
depois de prolongada troca de mensagens
a actividade humana foi paralisada
ruas desertas lojas fechadas era Abril
nem sinal de gente nas paragens
os povos cansaram pela madrugada
lindo de ver os tão afoitos agiotas
à míngua de iguarias já famintos
desesperados de ter tanto e não ser
exibindo sem pudor nem resposta suas notas
suplicando comer e vinhos brancos tintos
tão frágeis sem abrigo antes de morrer
não se pagam as contas de gás e electricidade
nem as rendas arbitrárias da habitação
a água corre livre nas torneiras ruas e quintais
instituído o caos à revelia da autoridade
a memória colectiva a funcionar como razão
por entre gritos de vivas de nunca mais
por todo o planeta ocorre a agitação
saídos do cerco económico e financeiro
do trabalho sem glória do estudo sem emprego
os povos assumem de viver outra dimensão
extinguem o conceito em cada palavra ligeiro
que os condenava ao desassossego
exigem uma língua única uma só moeda
que o mundo global seja reduzido a uma só nação
que todo o ser humano tenha iguais deveres e direitos
que se salvaguarde da natureza a queda
que se distribuam os excedentes sem interrogação
que todos os seres sintam na vida seus proveitos
que seja estimulado sem segredos o conhecimento
que cesse a propaganda do marketing e da religião
que o mais forte não oprima o fraco sem recursos
que a sabedoria impere sobre o fingimento
que não se fabriquem bens impróprios por sofreguidão
que sejam extintos os privilégios fixos e os avulsos
que se extingam as armas e todos os exércitos
que a ciência não promulgue a indulgência na absolvição
que sejam repostas as leis usurpadas à natureza
que às espécies diferentes se reconheçam seus créditos
que seja assegurado o direito à liberdade de expressão
que cesse sobre a mulher a violência psicológica da tristeza
autor: jrg
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