imagem de Alfonso Paz
2013
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A Esperança, toda a Esperança, reside na nossa capacidade de resistir, de criarmos alianças com outros povos, de declararmos guerra às formas de governo ditatoriais ainda que mascaradas de democracia...está aos olhos de todos que a chamada democracia está a ser subvertida por este governo em Portugal, hoje...
O que importa é o que nos une, o direito a sermos tratados com humanidade...as diferenças são trocos que devemos habituar-nos a juntar para uma unidade futura...
Está em curso uma mudança cósmica de grande dimensão…adivinham-se convulsões que abalarão os sistemas de organização humana, há hiatos no e de pensamento, uma revolução de natureza global, vinda da base para
o topo da ancestral pirâmide dos poderes, político, económico e financeiro que
transformará a vida no Planeta…
O estado em si, através dos governos, deixou de ser uma pessoa de bem…acossados
pelo descalabro das contas públicas, corroídos pela corrupção, quebraram contratos e promessas, cortando
salários e pensões, atiçando pessoas contra pessoas numa divisão atípica de
mais ricos e menos ricos dos pobres…
A ideia de riqueza associada ao dinheiro, ao ouro, à posse de bens móveis
e imóveis acumulada por usurpação das mais-valias geradas pelo trabalho, na especulação das bolsas e na engrenagem complexa de empréstimos públicos a
privados, a juro baixo, que por sua vez emprestam aos estados a juros superiores,
alavancados na segurança internacional que se solidariza com o esquema, está posta em causa por uma sociedade humana, descrente da via do ter a todo o custo
e carenciada de amor…
A justiça, pensada para ser administrada com equidade, é uma falácia,
porque o poder de litigância está reservado, apenas, aos detentores de
riqueza material e influência política ou de corporação.
A economia definha, endividada, sem compradores, nem ideias que permitam a sua conversão para uma base sustentável e de valia humana, dissimula-se num
crescendo da economia paralela, livre de impostos e de fiscalização,
permissivamente instalada para suprir as dificuldades da economia organizada,
que se julga serem de curta duração, e porque é uma fonte fiável de corrupção activa,
além de via fortificada para impedir a revolta generalizada das populações, o biscate não paga impostos e retém as pessoas na acomodação de suas casas. Os
bens transaccionáveis não o são pelo seu valor intrínseco ou de mercado, mas
pela especulação financeira…fabrica-se mais do que é possível consumir…com o resultado nefasto do aumento do desperdício....da criação de excedentes que mais tarde ou mais cedo engrossam o negócio das sucatas.
O comércio florescente de estupefacientes, não tem paralelo com qualquer
outro tipo de actividade humana lucrativa…assenta, sobretudo, na proibição da
venda e do consumo e na sua criminalização…enquanto for proibido a procura
cresce, o preço aumenta…enquanto for proibido, aumenta a sedução para o
consumo, apresentada como um método eficaz para resolver as carências de todos
os níveis do pensamento humano…acredita-se que as medidas punitivas, contra o tráfico, nascem duma comparticipação mútua de interesses públicos e privados ...as insuficiências, o abandono, a indiferença, a
injustiça, a falta de estímulo, são supridas com a tomada de drogas…os lucros divididos geram um fabuloso enriquecimento ilícito, contra o qual se recusa legislar...
O amor como moeda de troca galvaniza as emoções dos que já nada têm a perder, por mera curiosidade intelectual ou por convicção filosófica…”Antes
Pastores da Lusitânia Que Vitimas da Tirania” é uma expressão que ganha adeptos, entre os desesperados, ao verem as suas vidas trespassadas, por
violentas medidas discricionárias, acompanhadas da exorbitação do medo e das
restrições ao livre desenvolvimento das pessoas.
É neste clima cataclítico, que nasce um novo ano, onde as perspectivas animadoras e de esperança, são uma miragem...a juntar à pilhagem perpetrada por este governo em 2012 e face ao que se preparam para pilhar em 2013 e seguintes, em breve Portugal estará de novo "Orgulhosamente Só"...sem direito à greve, a bem da nação...sem horário de trabalho, a bem da nação...sem convenções de trabalho, a bem da nação...sem liberdade de expressão, a bem da nação, sem mínimos salariais, a bem da nação...sem cuidados médicos essenciais, a bem da nação...sem escolas para todos, a bem da nação...sem liberdade de expressão e de reunião, a bem da nação...sem economia nem trabalho, a bem da nação...em breve voltarão os tribunais de excepção e não tarda, será referendada uma nova constituição...tudo a bem da nação...
Antes Pastor da Lusitânia que vítima desta tirania...
Que o novo ano de 2013 traga à gente Portuguesa o sentido do significado de Nação, que os dicionários traduzem como Povo...
autor: jrg
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