Era proibido dizer do sexo palavrões
Quando entre mulheres um homem falava
Mas todos aceitavam rebola cagalhões
Para dizer do ralo o que ele transportava
Era proibido beijar de amor mulher solteira
Se não fosse prometida em casamento
Mas todos podiam praticar numa rameira
Quebrando sobre a biblia juramento
Era proibido dizer amar a liberdade
Quando no sufoco da paz de cemitério
Alguém gritava basta à mortandade
E lhe mentiam com Deus e seu mistério
Era proibido mentir sendo criança
A reprimenda a sova a língua na pimenta
Sendo a verdade adulta vã esperança
De quem sonhava crescer da dor isenta
Era proibido dizer não à violência
Mais que duas pessoas de palavras soltas
Era a revolução no limiar da consciência
Livros proibidos que projectam as revoltas
Era proibido viver em poligamia
Ainda que fosse omisso nas sagradas escrituras
O fenómeno da multiplicação a atrofia
De explicar o incesto com os designios das alturas
Porque o saber demais era ser Deus
como querem que façamos hoje a apologia
de quem sendo eleito por nós não serve aos seus
autor:JRG
4 comentários:
JRG: li!
Mandei-te ,ontem, um mail enorme ,a responder àquelas questões que me puseste. Já recebeste?
BEIJO AMIGO DE
LUSIBERO
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Abraço
Lena
JOÃO RAIMUNDO: só agora comento, como deve ser, este teu poema, que critica o farisaismo, a hipocrisia, a mentalidade arcaica ,mas também vitoriana, de quem nos rodeia. Se puderes lê os poemas de SOPHIA DE MELLO BREYNER , "O manto dos fariseus" e "As pessoas sensíveis"
BEIJOS, amigo.
Já vi que comentaste um poema dp potugalmaresias mas ainda não pude lá ir.
BEIJO
Mª ELISA
João: passei por cá ,novamente.
BEIJO DE
Mª ELISA
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