As crises modernas que se vêm tornando cíclicas e cada vez mais afrontosas da condição humana, tocou o fundo do problema, a financeira.
Desta vez é a sério porque toca no dinheiro, não já na matéria prima que se encontra prestes a esgotar-se, tal a devassa que a procura do lucro crescente e sem fim levou a ganância do homem.
O sistema financeiro é um logro que assenta no crédito sugerido, alimentado pela dinâmica do conforto possível para todos, segundo os parâmetros das modas inventadas a cada trimestre. Acumula-se os excedentes sem préstimo, nem compradores, as empresas vivem da ficção das bolsas, reorganizam-se segundo critérios de optimização que obrigam ao despedimento colectivo de de cada vez maior número de trabalhadores. A máquina, a tecnologia, impõe-se como suficiente face à imobilidade do homem, ofuscado pelas facilidades com que acede ao crédito e pelo deslumbramento ante o desempenho prodigioso das novas máquinas inventadas para o substituir.
Florescem as sociedades financeiras de prestação de crédito que atraem a aderência de um crescente número de pessoas, endividadas, absolutamente falidas, que confiaram no ganhar tempo, na progressão de rendimentos e se vêem de súbito mergulhados numa das maiores crises, a financeira, sem solução credível à vista, que assola a humanidade.
Estas sociedades financeiras, imunes à crise, porque rapasses, agiotas protegidos pela lei, com juros absolutamente surreais, posso dizer que numa divida de 1474,02 euros e de uma prestação de 55 euros, apenas 14,o8 é abatido ao capital em dívida, daí resultando que num ano é abatida à divida a importância de 168.96 euros e que para completa liquidação serão precisos dez anos mais...Estão na crista da onda do sucesso empresarial.
Insolúveis, as empresas fecham portas e lançam pessoas no desemprego, outras aproveitam-se dos efeitos colaterais da crise e reduzem empregos. Dia após dia, engrossam por todo o mundo os sem emprego, as dividas por saldar, habitação, carro, créditos pessoais, cartões de crédito, empréstimos particulares.
Os governos estão manietados sem meios que os habilitem a resolver o problema. Limitam-se a apoiar a economia, os mesmos poderes financeiros que chantageiam com o agudizar da crise, que os desafiam a idealizar soluções de entre os sábios, acodem como podem ao desespero dos desempregados, emitem mensagens de optimismo.
Penso que podemos estar perante, ou no limiar, de acontecimentos imprevisíveis de caos, de saque dos com fome de direitos, sobre estas máfias legalmente organizadas, consideradas impunes, por mais atropelos que tenham cometido sobre a humanidade e o Planeta. O fim do dinheiro, como fonte de alimentação, agora que Deus e o Diabo são uma miragem recôndita na memória do homem, ou o advento da nova ordem que tenha o homem como fim e indissociável da preservação do Planeta,na sua globalidade.
A ver vamos...
6 comentários:
Olá João a ver vamos aonde tudo isto vai parar.Beijinhos.
..alguma coisa vai ter de mudar...
Um abraço*
Maria de Fáima.
Bom dia amiga, desabafos de homem em crise, talvez ela seja futo de manipulações ignóbeis, ela a crise, as crises cíclicas...
Beijinhos e boa semana
Maria Lobos
Tudo depende do medo. Toda a gente tem algum medo, mesmo os poderosos. Não fora isso não teriam tanta segurança à sua volta, tantas armas sofisticadas, com efectivo poder de destruição em massa.
Para nós que somos pacíficos, que mantemos a doçura no olhar, a esperança que se faça luz em algum lugar.
Beijinhos e boa semana
olá joão precisamos fazer algo pois já está ficando insustenteval espetacular a sua visão sobre o problema.
Olá Eutikio.
Gostei das palavras. Há uma sensibilidade feminina no seu jeito que me permite pensar que és uma alma que conta nesta resistência ao virus do medo em que nos querem encurralar.
Fui ver se era verdade a ilacção que tirei mas tens o acesso restringido ao teu blog, convida-me, penso que temos ideias úteis para partilhar e sorrisos.
um beijinho de amizade
Enviar um comentário