31/07/2012

CARTA ABERTA AO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL DE PORTUGAL

foto pública tirada da net
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CARTA ABERTA AO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL DE PORTUGAL
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O recente acórdão do Tribunal Constitucional de Portugal, deu como provado que o corte dos chamados subsídios de férias e natal, nomeadamente, dos pensionistas era uma medida inconstitucional, mas que devido ao adiantado estado de decomposição do orçamento de estado de 2012, a inconstitucionalidade só vigoraria a partir do ano de 2013...
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Tal veredicto não poderia ser de outra natureza, à luz do texto constitucional e da razão...o Presidente da República sabia-o...o Governo sabia-o...o Parlamento sabia-o...os comentadores de pacotilha que procuraram mistificar a medida com o carácter de emergência Nacional, sabiam-no...só mesmo um mentecapto alinharia num desfecho contrário...logo, deviam ser todos julgados por má fé...por atentado à dignidade individual...e por crime contra a humanidade, na pessoa dos velhos reformados indefesos que lhes confiaram as suas poupanças coercivamente, a troco duma pensão de velhice nos moldes e condições definidos pelo estado de direito...
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A demora na apreciação do documento, por não ter sido pedida, a seu tempo, por quem de direito a sua fiscalização preventiva; os jogos de bastidores, concertados, sobre a nomeação dos elementos do Tribunal Constitucional; a fraca mobilização dos lesados para exigirem a reposição do que lhes pertence de direito, intoxicados pela demagogia que os considera cartas fora do baralho, ou em fim do prazo humano de validade, leva a que este acórdão seja, ele próprio, ferido de inconstitucionalidade...à luz do direito e da racionalidade não se pode condenar e absolver o infractor ou criminoso num mesmo despacho...
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O acórdão do Tribunal Constitucional sobre a inconstitucionalidade da supressão dos 13 e 14 meses, nomeadamente, aos pensionistas, fará por certo jurisprudência  jurídica...assim sendo...doravante, será licito que um ladrão, ao ser constituído arguido, invoque o seu estado de emergência para roubar os chamados bens públicos ou privados...esta dupla medida, permite ainda que um condenado por furto ou roubo, para suprir uma emergência própria, familiar ou de grupo, possa continuar a sua actividade predatória até ao fim do ano em que foi detectado o ilícito...
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Perante o absurdo desta situação, os reformados de longa contribuição, exigem que lhes seja devolvido o produto do saque sobre os seus rendimentos, de imediato e acrescidos dos juros compensatórios devidos pelo atraso eventualmente verificado...
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autor. jrg

29/07/2012

SER OU NÃO SER GOVERNO!


governo acantonado na caverna de Ali Baba

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SER OU NÃO SER GOVERNO!

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ser membro dum governo
deveria ser tão só uma causa nobre
e não um bando de malfeitores
um vento agreste que da vida faz inferno
que rouba descarado o rico pobre
tornando-se no maior dos predadores
a coberto da lei doce veneno
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as pessoas calam mas sentem a injustiça
que é roubar aos reformados
parte do sacrifício que à vida pouparam
até no roubo a dignidade não é omissa
indigno é o ladrão que rouba aos amordaçados
e se vangloria das leis que o libertaram
do crime horrendo acto de rapina e vil cobiça
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ser governo é administrar riqueza
produzida pela alma intrépida do labor
e não uma súcia de ladrões
uma vergonha que saqueia a humana natureza
espalhando o medo a coberto do terror
que suga suor e sangue e dizima as emoções
mergulhando o brando povo na tristeza                                                                                                                                                                                   

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sendo a constituição uma carta magna
que orienta o estado e a nação 
que impede o nepotismo e o usurpar da lei
não pode ser por ela que a vida estagna
dando por um ano o ónus da premissa ao ladrão
que abespinha a alma desta grei
e impede o germinar duma ideia humana e digna
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ser membro dum governo sórdido
ou quem ordena ou executa cada ordem dada
não exonera a validade do compadrio
é tanto ladrão Ali Baba como quem rouba a seu pedido
e todo o que comenta a favor da coisa errada
tentando amansar pelo medo um povo tão bravio
Rua!!! antes que o tempo todo seja perdido
                                                                                                                                                                   

jrg

20/07/2012

AS SETE PRAGAS SOBRE PORTUGAL... SEGUIDAS DE SETE ESTROFES DE SETE VERSOS!



quadro de John Martin.
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AS SETE PRAGAS SOBRE PORTUGAL...
SEGUIDAS DE SETE ESTROFES DE SETE VERSOS!


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AS SETE PRAGAS:
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    I - Depois de vencermos o adamastor...um novo desafio se nos coloca hoje: derrubar este governo da vergonha que nos aprisiona a alma e a esperança!!! ou andar à deriva por muitos longos anos...de Portas abertas...até que alguém tome conta de nós...povo miúdo!

  II - Depois de termos "iluminado o mundo com novas rotas marítimas" eis que mergulhámos na noite mais tétrica...ou acordamos o dia ou desvanecer-nos-emos na mediocridade arrogante dum governo fantasma...numa cruzada contra nós...povo miúdo!

 III - Depois da Farsa Democrática e o elogio da abastança fantasista...somos, hoje, condenados à tragédia da incompetência e à ditadura dos "mercados"...oh Álvaro...oh Álvaro, da santa economia...cortaram-nos a alma, a nós... povo miúdo!

 IV - Depois de nos terem mandado deus com a santa inquisição...eis que nos mandam, agora, o diabo com a santa troika por mandamento...todos juntos contra nós... povo miúdo!

  V - Depois do ministério da propaganda, de António Ferro e da censura ao pensamento...eis que nos enviam o contorcionista Relvas, justiceiro ao serviço dos mais ricos que são quem paga... envolvido em ambientes secretos...delfim da classe dos roazes...contra nós... povo miúdo!

 VI - Depois da engenharia financeira de Salazar e da tortura do seu regime de violência discricionária...eis que temos em Portugal, a magia da insolvência anunciada, do sábio Vítor Gaspar...contra todos nós... povo miúdo

VII - Depois da gripe das galinhas...eis que temos em Portugal, hoje, a peste dos Coelhos...patrocinada pelo sinistro Macedo da saúde...contra todos nós...povo miúdo

autor: jrg

SETE ESTROFES 
DE SETE VERSOS!
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quisera eu apenas ser 
o sobrevivente
no meu pais atrás do mar
e não ver
a agonia que espera esta gente
se não acreditar
ou se não sobreviver
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que há um centrífugo remoinho
um furacão
na oratória pestilenta
dita de mansinho
dividindo a tribo junto ao coração
a ver se a alma aguenta
estripada do direito de ser ninho
*
a sordidez mesquinha dum governo
de loquazes capangas
escandalosamente viciado
em mentira de veneno
destilado nas palavras já sem mangas
sobre um povo amedrontado
órfão de pai e do poder materno
*
digo-vos eu que sou povo do meio
entre humilde e astuto
que as pragas também se combatem
unindo o pensamento sem receio
construindo numa ideia o usufruto
dum sistema novo de viragem
que encontre em cada ser o seu anseio
*
eu penso em campos floridos
sob mantos femininos
regados com amor desde a base
onde o luxo e a riqueza sejam banidos
nem usura nem falsos bizantinos
nada que corrompa do humanismo sua catarse
de matriarcados visceralmente unidos
*
as pragas são ignóbeis sementes
que a sabedoria aborta
entendendo as leis comuns da natureza
o mais são invenções dementes
ao serviço doutras leis que a lei importa
condenando à escravidão toda a fraqueza
que impõe o silêncio entre dentes
*
sete pragas sete estrofes sete versos
com tantas ideias a pensar
sete impulsos toques de alvorada amanhecer
marcham juntos sem lideres nem complexos
elegeram uma mulher para os comandar
confrontando a emergência do tempo de vencer
com a inércia dos sentires imersos
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por um novo Humanismo!!!
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autor: jrg

10/07/2012

CRIME!...

foto pública tirada da net

CRIME
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de tantas era a última esperança
quase diria a derradeira
a dos juízes do  constitucional
não fora a súbita mudança
dos julgadores que logo à primeira
chumbaram o acesso ao pantanal
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era tão evidente a manigância
tecida sobre a fraca minoria
que não podia haver outra sentença
senão tornar nula esta ganância
do ladrão que rouba impune à luz do dia
levando os roubados à desavença
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o veredicto não obstante
mascarado de patriótica decência
condena o ladrão e o indulta
numa simultaniedade estranha e aberrante
dando-lhe um ano de carência
para consumar o roubo de que o culpa
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perante o absurdo da atitude
o mundo cala e faz jurisprudência
os usurários temem a rotura
os poderes estudam estender o roubo por virtude
roubando a mais alguns sobre vivência
devastando o nobre povo em tal tortura
*
depois deste jurídico e douto ajustamento
todo o ladrão passa a ter da lei a cobertura
justificando seu acto por avulsa emergência
é licito que se roube até o pensamento
que se rebele e lute contra esta ditadura
reclamando dos roubados despertar a consciência
*
não há poder maior que o da multidão
contida por vil consenso e medo
agrilhoada a conceitos inversos de humanidade
nada pode travar a lava no vulcão
um grito soará aberto ou em volta do segredo
pelo resgate de viver a paz em liberdade
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jrg