06/06/2010

OBSCENIDADES!...



Era proibido dizer do sexo palavrões
Quando entre mulheres um homem falava
Mas todos aceitavam rebola cagalhões
Para dizer do ralo o que ele transportava


Era proibido beijar de amor mulher solteira
Se não fosse prometida em casamento
Mas todos podiam praticar numa rameira
Quebrando sobre a biblia  juramento

Era proibido dizer amar a liberdade
Quando no sufoco da paz de cemitério
Alguém gritava basta à mortandade
E lhe mentiam com Deus e seu mistério

Era proibido mentir sendo criança
A reprimenda a sova a língua na pimenta
Sendo a verdade adulta vã esperança
De quem sonhava crescer da dor isenta

Era proibido dizer não à violência
Mais que duas pessoas de palavras soltas
Era a revolução no limiar da consciência
Livros proibidos que projectam as revoltas

Era proibido viver em poligamia
Ainda que fosse omisso nas sagradas escrituras
O fenómeno da multiplicação a atrofia
De explicar o incesto com os designios das alturas


 Era probido dizer que o planeta se mexia
Porque o saber demais era ser Deus
como querem que façamos hoje a apologia
de quem sendo eleito por nós não serve aos seus


autor:JRG

4 comentários:

lusibero disse...

JRG: li!

Mandei-te ,ontem, um mail enorme ,a responder àquelas questões que me puseste. Já recebeste?
BEIJO AMIGO DE
LUSIBERO

Helena Teixeira disse...

Já conhece as 12 Aldeias Históricas de Portugal? Não perca tempo, venha descobri-las orientado pelo livro “Aldeias Históricas de Portugal – Guia Turístico”. Veja um excerto da obra em www.olhodeturista.pt ou adquire-a já na loja virtual. Mais informação,contacte-nos para aminhaldeia@sapo.pt

Abraço
Lena

Maria Ribeiro disse...

JOÃO RAIMUNDO: só agora comento, como deve ser, este teu poema, que critica o farisaismo, a hipocrisia, a mentalidade arcaica ,mas também vitoriana, de quem nos rodeia. Se puderes lê os poemas de SOPHIA DE MELLO BREYNER , "O manto dos fariseus" e "As pessoas sensíveis"
BEIJOS, amigo.
Já vi que comentaste um poema dp potugalmaresias mas ainda não pude lá ir.
BEIJO
Mª ELISA

Maria Ribeiro disse...

João: passei por cá ,novamente.
BEIJO DE
Mª ELISA