13/05/2010

BRUMAS DE MAGIA



já não há mais brumas sobre a cidade
não a neve a neblina densa
mas as brumas da terra que respira
suores do tempo quando amanhece
que me traziam a esperança
a magia de por entre elas te ver surgir

o que há são fumos acres agonizantes
o sol escondido entre muros
prédios gigantes plataformas sombrias
onde despertas sem a cor nem cheiro
nem a Suave brisa que energiza
o corpo sem alma cansado de obedecer


vejo o cimo da montanha que nos resta
é tempo de partir meu amor
de onde se vê ainda o céu o mar a floresta
enlouquecidos os versos que nos bramam
sem arestas… em contra mão
purificam a alma do lado de fora da razão

autor : JRG

2 comentários:

Maria Ribeiro disse...

JRG: o teu poema tem duas formas verbais que sobressaem, em termos de Estilo e Mensagem; o Imperfeito do Indicativo"traziam" ,diz-me que o teu amor já cá não está, seja por que motivo for... Mas, depois, há o permanente recurso ao Presente do Indicativo, que dá a ideia de que, mesmo não estando contigo fisicamente, ESSE AMOR ESTÀ SEMPRE AO TEU LADO!
Perdoa se toco nalgum ponto mais sensível da tua intimidade espiritual, mas não deixo nunca de ver a escrita sob o ponto de vista de PROFESSORA DE PORTUGUÊS!
BEIJO amigo de LUSIBERO (MªELISA RIBEIRO)

tem a palavra o povo disse...

Olá querida amiga...Maria Elisa...é um deleite para a minha alma...um orgulho para a meu ego, ter a tua apreciação global sobre a poesia que escrevo...
digo-te que há um cruzar de tempos nos meus versos que eu procuro que se interliguem , não há corpos físicos, há aspectos de alma e tempos, tempos da realidade e tempos do sonho...não sei se me dou a interpretar se me torno confuso..o que projecto é um amor repartido que está não estando e que não estando se evidencia presente..
És um ser maravilhoso...
Beijos
joão