17/01/2010

MANIFESTO POÉTICO

ouviu por estes dias relatos horripilantes

leu na internet testemunhos da cruel realidade

o poeta que pensava ter do mundo uma visão correcta

com as ditas ajudas solidárias às almas sobreviventes

estarreceu ao conhecer a nudez forte da verdade

e deu um grito de alerta a todo o Planeta



o Haiti é uma mancha macabra da humanidade

uma pérola da miséria humana dos teres e dos haveres

o controlo Americano é a vergonha dum povo em declínio

há povo que come e bebe os restos da promiscuidade

ante a beleza exuberante da paisagem o exercício dos poderes

não há eras de glória quando à volta se espalha morticínio



que se cale dos G-7 oito ou vinte a vil cobiça

que se erga em uníssono a voz possante da multidão

contra o sobre mundo altivo que de falinhas mansas nos cativa

espalharam medos drogas pandemias guerras de carniça

usaram povos numa escravatura moderna de afeição

estão a nu o homem livre já sabe o que os motiva



é o tempo certo de sacudir de vez do verbo haver

toda a pressão da propaganda que nos aglutina o pensamento

convoco os sábios a unirem os pontos mestres da razão

o homem desesperado ao encontro da resposta diga não ao ter

convoco as mulheres a assumirem a liderança do momento

não há mais tempo não pode morrer mais gente na ilusão



o poeta agita-se na levitação da alma sem parar em seu redor

Haiti Uganda Palestina Brasil Índia África Portugal

e quantos mais paraísos turísticos abissais

em cada país dito civilizado e de primeira instância há um terror

o da insidia perversa que submete a natura ao virtual

já se ouve um clamor são vozes de mulheres são sinais



autor: JRG

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