27/02/2008

OS SINDICATOS E O PODER POLITICO

Hoje foi dia de apresentação.
Aos 62 anos, 44 de vida contributiva mais 2 de guerra, dirijo-me, qual condenado, que ninguém quer, se não a custo zero, ao posto do IEFP, para cumprir a apresentação periódica, pelo crime de desemprego.
Daqui pergunto aos sindicatos, a troco de quê, aceitaram esta medida ultrajante?

26/02/2008

MEMÓRIAS DA GUERRA (G)

O toque de alvorada, ao contrário do cenário em tempo de paz,é feito cama a cama, rompendo o silêncio na madrugada.
- Levantar! está no ir!.
Ensonados, os corpos húmidos, sonhos interrompidos, pesadelos, corações acelerados, os homens da companhia vão-se arrumando para a partida. E vão saindo para a parada, formando em fila, ordenados, para receberem o pequeno almoço e a ração de combate.
São jovens,Trigueiros, vindos de todas as regiões da grande metrópole. Fazem parte dum rebanho ordeiro e mantido cordato pelo medo e iletracia. Estão convictos que a sua presença em África é em defesa da Pátria. Os outros, os da Pátria alheia, são simplesmente turras.
Manuel António vai tentando minar-lhes a inteligência.
- Repara nesta situação: estás em tua casa, com a família e os teus pertences e de repente, aparecem uns tipos e dizem que é tudo deles. Se queres viver, tens de trabalhar para eles. E pagar imposto por seres natural da tua terra.
No pequeno circulo, já aviado, onde se desenrolava esta conversa, Manel o Básico.
_ Pois é, pois é. Eu cá não deixava.
E ria-se.
- É básico!
- Eu básico, pá? Eu sou padeiro. Não é Manuel António?
- Claro. E a propósito, desenrasca-me mais um casqueiro que a viagem vai ser longa.
A fila iniciou a marcha. Na frente os guias Africanos. De mistura com os soldados,outros Africanos, as milícias. O oitenta era um deles. Ganhava oitenta pesos e porque nunca tinha visto tanto dinheiro, pulou de contente por toda a ta banca. Ficou o oitenta.
O nascer do sol trazia, desde logo, a força do calor que nem a mata densa refrescava.
Os homens seguem os trilhos oficiais e não sabem, verdadeiramente, ao que vão. Obedecem cegamente, como manda a disciplina militar. Atentos a ruídos estranhos.
Pássaros coloridos cortam o ar rarefeito e trazem uma aura de frescura. Os jagudis, macabros, espreitam no cimo das árvores uma oportunidade de festim. É proibido matar jagudis. Os abutres são protegidos, constituindo uma espécie de preservadores da higiene ambiental. Os macacos saltam, espavoridos, gritando slogan e impropérios à passagem da tropa. Pressentem tormenta.
As horas passam lentamente. Tudo é lento em África, menos a as balas. O cansaço vai-se apoderando dos homens liquefeitos pela intensidade do sol, a água a esgotar-se nos cantis. Os mosquitos sugando o suor. Sôfregos, não satisfeitos, trespassam a pele e chegam ao sangue.
Manuel António pensa em Alexandra, com a certeza que ela o espera sem temor, ansiosa. E busca, nessa certeza, forças para continuar. Os pés, com joanete, são uma tortura.A água como que se evapora. Juraria que não abusou do consumo. É certo que repartiu com um companheiro desprevenido. Não quis abastecer com água da bolanha e usar os comprimidos para purificação. Não queria facilitar, para poder vencer esta provação. De quê? de quem? De si próprio, á espera de ser homem?
Houve ordem para parar e, tomadas as devidas precauções, o piquenique podia começar.
Há sete horas que caminhavam, lentamente, sem paragens. Os camuflados húmidos que os raios intensos do sol não secavam. Sentados, um pouco. Olhos pesados. Sol, suor, pó. Os mosquitos. Dores de cabeça. Pensamentos em turbilhão querendo romper, acertar o passo com a razão.
A paragem foi de pouco estimulo, já porque a ração é intragável e o recomeço, sem destino conhecido, sem saber quando acaba, se vai ou não haver combate, não ajuda os membros tolhidos pela jornada.
Num instante, tudo começou, o estrondo seco das saídas de morteiro, os rebentamentos das granadas, perto. Tinha inicio o assalto a uma importante base inimiga, mas parecia haver surpresas. E as nossas tropas estavam sob fogo intenso e de grande amplitude.
Há feridos. Passam a palavra para o enfermeiro que corre ao local. Já não há medo nem fadiga. Os tiros e explosões, fizeram desaparecer, como por magia, o quase desfalecimento dos homens de longe. O combate está encarniçado.Na linha da frente ouvem-se gritos ofensivos, de um lado e do outro. Tiros a sério. Não é filme. Matam. Ferem. Estropiam.
- Filhos da puta!
Manuel António resiste. Não quer matar, mas também não quer ser morto. Deitado no chão. A arma em posição. Dedo no gatilho. Fez , até, alguns disparos para o ar. Céu aberto O coração apertado. Frontes latejantes. O cérebro a estalar. Ouve os gritos na frente. Os mosquitos aproveitam-se e sugam mais.
Quando a derrota parecia eminente, a aviação, entretanto chamada, vez a sua entrada. O roncar conhecido dos motores fez soltar gritos de alegria e renovar o estimulo para voltar.
Os aviões soltaram bombas. As armas adversárias. foram-se calando para não denunciar posições, dada a desproporção de forças.
Um helicóptero, por sobre as nossas cabeças. Os comandantes, frescos, sedentos de medalhas e glórias vãs avaliavam a situação. Havia muitos feridos e alguns mortos. Os homens estavam exaustos. Mandaram recuar.
A viagem de regresso fez-se com outra força. A presença dos aviões dava confiança e reconstituía energias julgadas impossíveis. A noite aproximava-se de mansinho.

Autor: João Raimundo

25/02/2008

O VAGABUNDO

O velho conceito de liberdade, o estipular que a liberdade de cada qual acaba onde começa a do outro, é uma falácia para ordenar as camadas de gente segundo um critério de conveniência.
O vagabundo é , em si próprio, um símbolo da liberdade absoluta.
O vagabundo não dá nem recebe do estado. Não precisa do estado.
O vagabundo não tem dinheiro, nem precisa. Alimenta-se de sobras e da repugnância dos que o querem ver longe. Colhe o Sol e a chuva, o frio, o calor, e dorme ao relento ou no abrigo de qualquer recanto, sem medos.
O vagabundo não aceita favores nem o abrigo de lares inventados à sua medida, cama, mesa e roupa lavada. A refeição quente do dia. Leis, deveres/obrigações.
Os senhores muito ricos vivem em constante sobressalto. Rodeiam-se de guarda costas. Vivem rodeados por fortes muralhas e protegem os filhos pequenos da promiscuidade pública.
As pessoas ricas vivem atulhadas de medo quando saem à rua, ou se anuncia algum cataclismo económico que não previram ou não puderam controlar.
O vagabundo passeia-se pelas ruas do império que as pessoas ricas criaram, caga, mija e dorme no asfalto.
O vagabundo lava-se nas bicas e lagos da cidade. Não paga água, gás electricidade. Não usa telefone ou celular. Não paga rendas. Não paga impostos. Não utiliza a justiça. Não polui o ambiente. Não faz economias nem gera riqueza. Não joga na bolsa . O vagabundo vê televisão sem pagar taxa e lê de todos os jornais e revistas para não perder o sentido das palavras, sem os comprar. Não teme o trabalho nem o desemprego. Fuma dos restos deitados à rua ou crava os passantes desprevenidos. Pede dinheiro para beber. O vagabundo não perde tempo com o tempo. Não há passado nem futuro. Não promove a guerra, nem precisa de armas de destruição maciça É completamente livre.

23/02/2008

ANDAMOS TODOS A FINGIR

Andamos todos a fingir.
Fingimos que não se passa nada. Que não amamos o que de facto amamos.
Fingimos que somos grandes e capazes. E somos, mas como fingimos, não sabemos.
Fingimos orgasmos alucinantes e passamos a maníaco-depressivos.
Fingimos que temos saúde e escondemos as maleitas dos olhares indiscretos.
Fingimos que ganhamos, quando as derrotas são uma constante na nossa vida. E continuamos a apostar nas mesmas intenções.
Fingimos seriedade no emprego, na vida social, nos negócios, na religião. Estamos sempre prontos a renegar os princípios.
Fingimos para com Deus e o Diabo, procurando corromper um ou outro, manipulando as nossas próprias intenções.
Fingimos quando dizemos ter jogado tudo, porque há sempre uma nova cartada, só a morte.
Fingimos a inocência, quando a culpa irradia do nosso comportamento compulsivo.
Fingimos a alegria em copos de vinho e doses de alucinógenos, abafando a tristeza da vida sem sentido.
Fingimos acreditar que o povo é inteligente e sabe o que quer e não esquece.
Andamos todos a fingir!...

12/02/2008

SE...

se:

-grande parte dos empresários portugueses não sofresse do síndroma do neocolonialismo.

-repartissem com mais equidade o resultado das mais valias obtidas com trabalho.

-não despedissem os mais aptos, em prol da mediocridade, mais submissa.

-os desempregados tivessem direito a 13º mês.

-os desempregados recebessem 70% e não 65% da última remuneração.

-os políticos fossem todos ricos e não auferissem rendimentos quando eleitos.

-os produtos a comercializar tivessem as mesmas regras do registo de nomes para empresas.

-a mentira, a traição a trafulhice, a mediocridade, não fossem premiadas.

-o ordenado mínimo fosse já de 1ooo euros/mês.

-os professores fossem avaliados, através de formação pedagógica exigente.

-a elaboração das disciplinas e matérias fosse entregue a cientistas da educação.

-a tarefa de educar os mais incipientes, os alcoólicos, toxicodependentes, fosse um desígnio
Nacional.
-todas as drogas fossem liberalizadas.
-a riqueza não se medisse pelo dinheiro acumulado ou a grandeza das propriedades.
-o futebol não fosse uma instituição intocável.
-50%da população lesse os livros que se publicam.
-as leis fossem mais precisas e não deixassem espaço para juízes e advogados a manipularem.
-houvesse um livrinho vermelho para corrigir as pessoas.
-acabassem as forças armadas.
-se os responsáveis pela politica de ambiente tivessem netos.
-os casinos e bingo fossem abolidos.
-as mulheres Portuguesas fossem mais feias.
-o ser homem não fosse uma condição de mérito.
-nos orgulhássemos que Thomas Morus escolheu um Português para indutor da sua Utopia.
Estaríamos,por ventura, mais bem posicionados no ranking dos países desenvolvidos do mundo.



CORRUPCÇÃO (III)

Os atentados ao Presidente e Primeiro Ministro de Timor Leste, são o corolário dos jogos de interesses que a simples razão de ser possuidor de importantes jazidas de petróleo, suscita e provoca a constante instabilidade.



Em Timor também existem importantes plantações de café. Sabendo nós que um quilo de café custa mais caro que o equivalente de petróleo, sugerimos mais reflexão aos facínoras do poder financeiro, porque a morte está há distância de um suspiro.



Quanto ao facto em si, e a acreditar nas noticias dos média, não compreendemos como é possível que após uma hora de tiroteio e morto o indiciado cabecilha da acção, alguém tenha baleado o Presidente Ramos Horta.



Estamos convictos que, neste caso, até a policia judiciária faria um brilharete.

11/02/2008

CORRUPÇÃO (II)

Os estados são todos corruptos?!
Os serviços secretos são instigados à corrupção para obterem informações.
As policias de todo o mundo,pagam as informações, corrompendo marginais e não só.
Há testemunhas pagas para depor em tribunal Sobre causas onde,por vezes, nem conhecem os intervenientes na contenda.
As grandes empresas praticam a espionagem, Industrial ou Comercial, e pagam bem as informações dos traidores.
Há chefes que premeiam os delatores, com promoções e outras mordomias.
Nos concursos públicos de vulto, há sempre alguma informação restrita, sobre alterações previstas ao projecto, que vão projectar os custos e que não são do conhecimento de todos os concorrentes.
Há também a coacção fisica, as ameaças de morte, sobre quem decide ou um familiar querido. Sendo a vida o bem mais precioso, este é o meio mais caro para corromper.
As coisas só se descobrem se houver falha de pagamento. Mas mesmo nestes casos, a teia é tão densa que só a arraia miúda é implicada.
Entre pares, quem é que não gosta de saber o que pensa e faz, ou se propõe fazer, o outro lado?
E vale tudo...

10/02/2008

REFLEXÕES SOBRE O SER

Dou por mim a pensar que somos todos frutos do acaso. Concebidos de forma dita natural ou fabricados, induzidos em laboratório, só chegamos a Ser porque não ocorreram acidentes impeditivos.
Há quem defenda que a vida das pessoas se rege pelos mesmos principios, de luta pela afirmação sobrevivência, travada no colo uterino pela vitória, entre milhões, do candidato a Ser.
Quer isto dizer que somos todos vencedores, os que por aqui andamos. E é nesta qualidade que nos animamos na continuidade da luta pelo poder.
Todavia, ao longo dos milhões de anos de Sermos, fomos aperfeiçoando as regras de convivência entre clãs e entre grupos de clãs, e entre Seres entre si.
Nos últimos 200 anos o Ser que somos, deu um salto significativo na dignificação da espécie, alterando comportamentos autocráticos e de superioridade rácica, igualizando todos os Seres nos níveis de oportunidades e permitindo, depois , que a luta se trave pela superioridade de riqueza acumulada e não já pelo direito a existir como Ser.
Não obstante este avanço de mentalidades, grande parte do mundo ainda vive sobre leis que protejem os continuadores da saga medieval dos grandes senhores.
E chegados a este estádio de desenvolvimento, lembro que os Indios Americanos davam grande importância ao Conselho dos anciãos.
continua...

PAIS BIOLÓGICOS

Não acreditamos que um pai, que não tenha conhecido o filho ,nos primeiros dois anos de vida, fruto de uma ligação esporádica; que tenha posto em dúvida ser de sua autoria,venha dizer que tem um sentimento forte de amor e reclamar a devolução do mesmo.
Pode até ser. Mas não acretitamos.
As noticias que trazem ao nosso conhecimento os dramas de famílias e crianças, estas disputadas em tribunal como mercadoria, mostram-nos um mundo preverso e hediondo que a razão ignora para gáudio da afirmação do sujeito entretido em alimentar o sonho de ser, ao menos uma vez, o actor principal.

09/02/2008

MEMÓRIAS DA GUERRA

O sol tórrido de Julho, manhã cedo, já alagava os pescoços dos soldados e atraía a mosquitagem sedenta, queimando as frontes latejantes dos que, bem atentos, íam picando a estrada de terra amarela avermelhada ao longo do percurso de 8 quilómetros.
O grupo da frente, os picas, pé após pica e novamente pé, na tentativa de detectar mina ou armadilha, detinha a responsabilidade e o risco.
Para tráz, estrada liberta do medo traiçoeiro, ficavam emboscados os pelotões , cada um de quatro, na espessa floresta de tons verdes contrastando com o amarelo do capim.
Chegados ao local, os homens do último pelotão e a milicia que lhes servia de escudo avançado, tomaram posição nas bermas da estrada, sobre a protecção quente e humida da mata.
Por uns breves momentos, a memória alcançava outras paragens, momentos de meninos, outras guerras, os pais, os amores.
O perfume adocicado dos cajueiros, nesperas de África no aroma. O olhar atento dos vigias. Ouviram-se, enfim, o roncar das berliets que se aproximavam, dois terços percorridos sem incidentes
Os homens, impacientes, subiram para as camionetas carregadas de víveres, e alguns sorrisos procuravam desanuviar a tensão das horas anteriores.
Ao iniciar da marcha, Blooommm!..., Uma forte e inexperada explosão, atirou ao ar homens e fardos de comida, como se houvesse uma falha de gravidade.
Os homens espalharam-se pelas bermas e disparavam em todas as direcções, sem nexo.
Depois nada, o silêncio e de repente, um grito lancinante do motorista da primeira camioneta: não, não me deixem morrer. Quero ver o meu filho.
A perna presa por tendões, junto ao joelho. Era grave O comandante pede um helicoptero via rádio. Que não. Os gritos do motorista: quero ver o meu filho. E o quartel general dando instruções, o heli teria de vir de Bissau.
A coluna reorganizou-se. Apesar das picas, o adversário usava outras técnicas, os fornilhos comandados à distância, cujos explosivos são enterrados mais fundo e com antecedência, tornando a detecção quase impossivel com os métodos artesanais.
Apesar dos esforços do enfermeiro, o motorista não iria conhecer o seu filho. E o filho deste homem não vai saber que o pai morreu sem glória, de uma forma torpe ao serviço de interesses
mesquinhos.
Os milicias Africanos que deviam ir na frente recusavam. O chefe deles, corajoso e leal aos compromissos, gritava com eles para que tomassem as posições. E deu o exemplo, procurando arrastá-los, correu para a frente das viaturas e Blooommmm!, nova explosão e já só o corpo dele em pedaços que ninguém iria chorar.
Perdemos a confiança nos milicias. Se eles tinham recusado é porque estavam coniventes. Corrompidos.
Alguns de nós, vencido, de todo,o cansaço, tomámos a dianteira da coluna e regressámos sem mais incidentes.

Autor: João Raimundo

OS IDOSOS POIS...POIS...

Os idosos, pois...pois...
Alguns mal podem andar. Alguns não têm ninguém. E a lei que lhes permite,pomposamente, o direito de usufruir de uma melhoria no seu rendimento, o considerado complemento solidário que os coloca no limite da considerada pobreza, é de difícil alcance para muitos.
Oito folhas de papel. E têm que se deslocar. E se tem filhos ricos ou remediados. Se tem casas, quintas a render.
Há 50 anos, num regime autocrático, que abomino, havia a figura da visitadora, no ambito das casas de pescadores, que visitavam cada família e ali mesmo aquilatavam das suas dificuldades,remendando aqui e ali, com parca ajuda,mas tudo na graça do Senhor.
A junta de freguesia ajudava as crianças mais carentes, com livros e material escolar, algumas juntas de freguesia. Esmolas da despótica nação. Não é isto que queremos.
Em relação a este complemento solidário para que os idosos não vivam abaixo do limiar da pobreza, defendemos que deveriam ser acompanhados pelas juntas de freguesia que são quem melhor os devia conhecer e à sua situação económica.
Exigimos medidas mais simples e de proximidade, para que o dito bónus chegue a todos ainda em tempo útill.

03/02/2008

VENCER É UMA PRIORIDADE

Não desanimar. Vencer!
Cada pessoa é uma vontade em movimento.
Só a pessoa em movimento é capaz de mobilizar as vontades dispersas que há em cada um de nós.
O mar agiganta-se junto à costa, vai e vem. Esbate-se con violência contra os obstáculos que colocamos para impedir o galopante avanço. Vai e vem. E por vezes rompe as barreiras impostas, por mais intransponíveis que pareçam.
Existem situações de desespero. Pessoas que se automotilam, que se abatem, porque não encontram uma palavra de esperança. Um pai, um irmão, um amigo.
Digo-vos: Esperança ! Vencer!
Creiam que não são palavras vãs. É tudo uma questão do tempo que medeia entre o acontecimento e a sua resolução.
É tempo de vencer. De acreditarmos nas nossas potencialidades para dar um novo rumo à vida que parece inerte e sem sabor.